Pílulas anticoncepcional oral
Informações do Município de São Paulo
As pílulas anticoncepcionais são métodos orais, hormonais e de curta duração. São comprimidos feitos de hormônios similares aos produzidos pelos ovários e são muito eficazes quando usadas corretamente.
Agem impedindo a ovulação e também atuam dificultando a passagem dos espermatozóides para o interior do útero a partir de uma mudança no muco cervical. A pílula deve ser tomada todos os dias, de preferência no mesmo horário. A fertilidade, que é a capacidade de engravidar, retorna logo após a pessoa ter parado de tomar a pílula.
Quando falamos de métodos hormonais devemos considerar particularidades como período pós-parto, amamentação, idade, condições crônicas como obesidade, tabagismo, hipertensão, diabetes, dentre outros. Para mais informações sobre o uso deve-se buscar um atendimento em saúde.
Existem diferentes métodos hormonais orais: combinados e isolados. Os métodos combinados possuem dois tipos de hormônio, estrogênio e progesterona, e os métodos isolados possuem apenas progesterona. O hormônio responsável pela inibição da ovulação, que é o que impede a gestação, é a progesterona. O estrogênio foi adicionado na pílula como uma tentativa de “imitar” o ciclo menstrual, induzindo por exemplo o sangramento ao final da cartela. Os métodos combinados e isolados tem diferentes contra-indicações e efeitos adversos, que serão detalhados mais adiante.
Você pode acessar a pílula de emergência nas UBSs, SAE ou AMA através da apresentação de documento e receita médica válida ou comprar o medicamento em farmácias comuns.
Existem diferentes tipo de pílulas disponibilizadas pelo SUS:
1) Pílula combinada (que contém estrogênio + progesterona)
LEVONORGESTREL 0,15 MG + ETILNILESTRADIOL 0,03 MG:
✓ Vantagens
- Método que só depende de você, não precisa de permissão ou de qualquer atitude de quem você se relaciona;
- Pode ser usado continuamente (sem pausa) caso não queira menstruar
- Pode ser utilizada desde; adolescência até a menopausa, se não houver contra indicação.
✕ Desvantagens
Alguns efeitos colaterais possíveis:
- Sensibilidade em mamas, náuseas, tontura, alteração de humor (geralmente a melhora é espontânea);
- Sangramento anormal: comum nos 3 primeiros meses;
- Dor de cabeça severa ou alteração da visão que requerem avaliação médica;
- Risco de trombose venosa e arterial; e
- Não previnem contra IST/HIV/AIDS.
✓ Contra-indicações verdadeiras
- Menos de 6 semanas pós parto;
- Tabagista que fuma mais de 15 cigarros/dia com menos de 35 anos;
- Múltiplos fatores que aumentam o risco cardiovascular (idade maior que 35 anos, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, tabagismo);
- Hipertensão com medidas maiores que 160x100;
- Evento anterior ou atual de trombose venosa profunda ou tromboembolismo pulmonar;
- Mutações trombogênicas conhecidas;
- História atual ou anterior de doença cardíaca isquêmica e/ou acidente vascular;
- Enxaqueca com aura;
- Câncer de mama atual ou anterior;
- Diabetes com lesão em órgão alvo (ex rins, olhos ou nervos);
- Hepatite viral ativa;
- Cirrose descompensada; e
- Tumores hepáticos.
✕ Contra-indicações verdadeiras
- Ser adolescente; e
- Não ter parceiro fixo.
2) Minipilula (que contêm só progesterona)
NORETISTERONA 0,35 MG
✓ Vantagens
- Método que só depende de você, não precisa de permissão ou de qualquer atitude de quem você se relaciona;
- Compatível com amamentação.
✕ Desvantagens
- Alguns efeitos colaterais possíveis:
- Sangramento anormal (comum nos primeiros 3 meses);
- Dor de cabeça leve, náuseas, sensibilidade mamária;
- Não previnem contra IST/HIV/AIDS.
✓ Contra-indicações verdadeira
- Menos de 6 sem pós parto
- Câncer de mama atual ou anterior
- Hepatite viral ativa
- Cirrose descompensada
✕ Desvantagens
- Ser adolescente
- Não ter parceiro fixo
Número bruto de pílulas
anticoncepcionais no município de São Paulo
Os dados nos mostram que a pílula combinada (em roxo) é a mais usada, porém sua distribuição vem caindo progressivamente ano a ano, enquanto a minipílula (em vermelho), mantém uma distribuição parecida entre os anos analisados, possivelmente pelo seu principal uso no pós parto.
De acordo com os dados disponíveis, no ano de 2019 a pílula anticoncepcional combinada era usada por 345.091 pessoas a cada 100.000 mulheres em idade férti. Já no ano de 2023 esse número baixou para 131.029 pessoas a cada 100.000 mulheres em idade fértil. Uma das possibilidade para explicar tamanha diminuição entre os anos de 2019 e 2023 é a maior oferta de métodos contraceptivos de longa duração. No entanto, mais estudos são necessários para realizarmos essa afirmação.
Os dados a que o Mapa teve acesso não nos permitem segmentar a distribuição das pílulas anticoncepcionais por raça/cor ou idade, porém os números demonstram a ampla distribuição no município.
Número total de pílulas por ano
no município de São Paulo
Fonte: SIH 2019-2023
Gráfico 1. Número total de inserções de Implanon registrados no Sistema de
Informação Hospitalar (SIH) por ano no município de São Paulo
Acesse aqui a tabela de dados com os números absolutos pílulas por estabelecimento de saúde cadastrado
Como você pode acessar
as pílulas anticoncepcionais
Para encontrar a UBS mais próxima de onde você mora e obter informações para a realização da laqueadura, acesse o Busca Saúde.
Caso você enfrente dificuldade no acesso a este método ou se sinta compelida a realizar a laqueadura contra a sua vontade, é possível buscar ajuda! Saiba o que é possível fazer na aba de denúncia.
Bibliografia
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p. : il. color. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde) (Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos ; caderno n. 2)
Florianópolis- Secretaria de saúde- Acolhimento às demandas da mulher nos diferentes ciclos de vida- Protocolo de enfermagem- Vol 3- 2016- atualizado em 2020